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sábado, 30 de abril de 2011

Chery QQ chega ao país




A Chery do Brasil lançou oficialmente, nesta quinta-feira (28), o pequeno hatch QQ no País. Com design lúdico e uma lista de série extremamente farta, o subcompacto estreia como o veículo mais barato à venda no mercado nacional – sua relação custo/benefício é mesmo impressionante. Por R$ 22.990, o QQ (fala-se Que-Quê abrasileirado mesmo) já vem completíssimo, com itens ainda pouco encontrados nos compactos de hoje, como airbags frontais e freios com ABS. A lista de fábrica ainda traz os equipamentos mais requisitados pelos brasileiros, como ar-condicionado, direção hidráulica, “trio” elétrico, alarme, rádio/CD/MP3 e entrada USB, entre outros.



Na parte mecânica, o diminuto Chery QQ traz um conjunto adequado ao seu porte e à proposta popular. O motor 1.1 litro Acteco (de quatro cilindros em linha e 16 válvulas) bebe apenas gasolina e produz 68 cv de potência aos 6 mil giros, além de 9,1 kgfm de torque disponíveis por inteiro entre 3.500 e 4 mil rotações. O câmbio manual tem cinco velocidades e o conjunto de suspensão segue a configuração padrão do segmento, com estrutura dianteira independente (do tipo McPherson) e traseira por eixo de torção, com molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e barra tensora lateral. Apesar do motor pouco potente, o QQ pesa apenas 890 kg em ordem de marcha.



Outro aspecto interessante no Quiu-Quiu (como é chamado no exterior) são as dimensões pequeninas: o modelo tem 3,55 metros de comprimento, 1,49 metro de largura, 1,48 metro de altura e 2,34 metros de entre-eixos. O porta-malas segue a lógica e comporta apenas 190 litros – a Chery não informa o volume do compartimento com o banco traseiro rebatido. Dados da fábrica chinesa indicam um desempenho modesto, com zero a 100 km/h em 14 segundos e velocidade máxima de 130 km/h. Mas o carrinho de desenho divertido promete consumo baixo, com média urbana superior a 10 km/l (a conferir em uma avaliação futura).



Para alavancar as vendas do QQ e dos outros veículos à venda no Brasil, a marca chinesa também lançou nesta quinta-feira (28) o Consórcio Nacional Chery. A modalidade de compra a prazo começa a ser oferecida a partir do próximo domingo (1º de maio) nas 74 lojas da Chery no País. Os prazos irão de 36 a 84 meses, com parcelas mensais de acessíveis R$ 289,23 – a montadora não especificou que modelo terá prestações por esse valor. O público-alvo declarado é a nova Classe C, que reúne cerca de 90 milhões de brasileiros, mas a Chery quer mesmo é fisgar os consumidores dos grandes centros que buscam uma alternativa ao deficiente transporte público.



Com a chegada do QQ, a Chery vislumbra dar um salto expressivo nas vendas em 2011, chegando a um total de 25 mil carros – somando os carros da marca no País (o Cielo hatch e sedã, o Face e o SUV Tiggo). O total projetado é nada menos que 320,5% maior que as 7.800 unidades comercializadas pela marca chinesa em 2010. Grande parte desse avanço virá justamente do Que-Quê, que a Chery estima vender 12 mil unidades até o fim de dezembro. O hatch pequeno vai brigar no segmento que concentra o maior volume de vendas, entre os carros populares, como Fiat Mille Economy, Volkswagen Gol G4 e o conterrâneo Effa M100.

A montadora também confirmou para este ano a oferta do câmbio automático no Tiggo e no Cielo, além da chegada do médio Fulwin - que estreará com motorização flex. O início das obras para erguer a fábrica em Jacareí, no interior de São Paulo, também foram confirmadas para julho. A unidade começa a operar em 2013, com capacidade para montar 150 mil carros/ano. "A Chery não pretende lucrar no mercado brasileiro e em outros países emergentes nos próximos dez anos. Todo esse movimento é parte da estratégia de internacionalização da marca", completou Luis Curi, presidente da Chery do Brasil, justificando o preço competitivo do QQ.

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