A união entre Fiat e Chrysler levará de volta ao Brasil a marca italiana Alfa Romeo, e o primeiro modelo a ser comercializado no país, importado do México, pode ser o “novo” 159. No Salão de Paris que o atual sedã e sua versão hatch serão substituídos em 2012 — um nome especulado para o novo modelo é Giulia. O carro será então destinado ao mercado dos Estados Unidos e, por tabela, ao brasileiro.
A produção vai acontecer na fábrica da Chrysler na cidade mexicana de Toluca, onde também será feito o Fiat 500 a ser vendido nos EUA. O chefão da Fiat, Sérgio Marchionne, que na semana passada revelou o retorno da Alfa ao Brasil durante um evento da Fenabrave (a federação das revendas), afirmou que a data provável é 2012. Aqui em Paris, o que se comenta é que os primeiros carros devem sair da unidade mexicana como ano-modelo 2013 — ou seja, no segundo semestre do ano anterior.
Alfa 159, cujo substituto, talvez batizado de Giulia, deve ir ao Brasil
Um outro carro da Alfa cotado para o mercado brasileiro é o hatch médio Giulietta, que acaba de ser lançado na Europa sob uma intensa campanha de marketing. Mas o país receberia o modelo apenas após uma primeira reestilização, prevista para 2013. O compacto Mito é outra possibilidade, aparentemente mais remota.
A escolha do substituto do 159 deve-se às peculiaridades do mercado norte-americano, onde os sedãs têm mais compradores do que as outras carrocerias.
Os EUA são prioridade para a Fiat, dona da Alfa Romeo, em sua estratégia de crescimento global para ameaçar as líderes mundiais Toyota e Volkswagen. A aliança com a Chrysler foi um passo fundamental para recolocar o grupo italiano naquele país, por meio da utilização da fábrica mexicana. Quanto à Alfa, um três-volumes com apelo de novidade tem mais chances de cair no gosto local e travar concorrência com best-sellers como Toyota Corolla e Honda Civic.
O 159 foi lançado em 2005 e não sofreu alterações estéticas desde então. Traz a entrada de ar dianteira em forma de escudo, característica da Alfa, conjunto óptico com faróis redondos e placa de licença deslocada para a direita de quem olha. Atrás estão as lanternas afiladas que a Fiat copiou no nosso atual Siena. Com 4,6 metros de comprimento, no Brasil seria considerado um sedã médio, mas para os EUA é compacto. A gama de motores inclui cinco opções a gasolina, inclusive um 3.2 V6, e seis a diesel.
A boa notícia é: se fabricado no México, o 159/Giulia poderá ser importado ao Brasil com taxa zero.
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